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Filhas de Deus

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    Sara, esposa de Abraão, mãe de nações

    Este capítulo é baseado em Gênesis 11-23.

    Foi feita a Abraão a promessa de uma posteridade numerosa e de grandeza nacional, promessa especialmente acatada pelo povo daquela época: “Far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção”. E a isto acrescentou-se esta certeza, mais preciosa do que todas as outras para o herdeiro da fé, de que o Redentor do mundo viria de sua linhagem: “Em ti serão benditas todas as famílias da Terra”. Gênesis 12:2, 3. Contudo, como primeira condição de cumprimento, deveria haver uma prova para a fé; um sacrifício foi exigido.FD 15.4

    Veio a Abraão a mensagem de Deus: “Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que Eu te mostrarei”. Gênesis 12:1. A fim de que Deus o pudesse habilitar para a sua grande obra, como guardador dos oráculos sagrados, Abraão devia desligar-se das relações de sua vida anterior. A influência de parentes e amigos incompatibilizar-se-ia com o ensino que o Senhor Se propunha a dar a Seu servo. Agora que Abraão estava, em sentido especial, ligado ao Céu, devia habitar entre estranhos. Seu caráter devia ser peculiar, diferindo de todo o mundo. Ele não podia nem mesmo explicar sua maneira de proceder, de modo que fosse compreendido por seus amigos. As coisas espirituais são discernidas espiritualmente, e seus intuitos e ações não eram entendidos por seus parentes idólatras.FD 15.5

    “Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia”. Hebreus 11:8. [...]FD 16.1

    Além de Sara, mulher de Abraão, apenas Ló, filho de Harã, falecido havia muito, optara partilhar da vida peregrina do patriarca. [...]FD 16.2

    Durante sua permanência no Egito, Abraão deu prova de que não estava livre de fraqueza e imperfeição humana. Ocultando o fato de que Sara era sua esposa, evidenciou desconfiança no cuidado divino, falta daquela fé e coragem sublime tão freqüente e nobremente exemplificada em sua vida. Sara era “formosa à vista”, e ele não duvidou de que os egípcios de pele morena, cobiçariam a bela estrangeira, e que, a fim de consegui-la, não teriam escrúpulo de matar seu marido. Raciocinou que não seria culpado de falsidade ao apresentar Sara como sua irmã; pois que era filha de seu pai, posto que não de sua mãe.FD 16.3

    Mas esta ocultação da verdadeira relação entre eles, era engano. Nenhum desvio da estrita integridade pode encontrar a aprovação de Deus. Devido à falta de fé por parte de Abraão, Sara foi posta em grande perigo. O rei do Egito, sendo informado de sua beleza, fez com que ela fosse levada ao seu palácio, com o objetivo de fazer dela sua esposa. Mas o Senhor, em Sua grande misericórdia, protegeu Sara, enviando juízos sobre a casa real. Por esse meio o rei soube a verdade a tal respeito; e, indignado pelo engano praticado para com ele, reprovou Abraão, e restituiu-lhe a esposa, dizendo: “Que é isto que me fizeste? [...] Por que disseste: É minha irmã? de maneira que a houvera tomado por minha mulher; agora, pois, eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te”. Gênesis 12:18, 19. [...]FD 16.4

    Abraão voltou para Canaã “muito rico em gado, em prata, e em ouro”. Gênesis 13:2. Ló ainda estava com ele, e novamente vieram a Betel, e armaram suas tendas ao lado do altar que haviam construído anteriormente. [...]FD 16.5

    Em uma visão da noite ouviu de novo a voz divina. “Não temas, Abraão”, foram as palavras do Príncipe dos príncipes; “Eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão”. Gênesis 15:1-5. Mas sua mente estava tão oprimida com sinais que ele não pôde então apreender a promessa com implícita confiança, como antes fazia. Orou pedindo alguma prova palpável de que ela se cumpriria. E como deveria cumprir-se a promessa do concerto, enquanto o dom de um filho lhe era recusado? “Que me hás de dar”, disse ele, “pois ando sem filhos?” Gênesis 15:2. “E eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro”. Gênesis 15:3. Propôs fazer de seu fiel servo Eliézer seu filho adotivo, e herdeiro de suas posses. Mas foi-lhe assegurado que um filho dele mesmo seria o seu herdeiro. Levado para fora de sua tenda, foi-lhe dito que olhasse para as incontáveis estrelas a resplandecer nos céus; e, fazendo ele isto, foram proferidas estas palavras: “Assim será a tua semente”. Gênesis 15:5. “Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça”. Romanos 4:3. [...]FD 16.6

    Abraão aceitara sem pôr em dúvida a promessa de um filho, mas não esperou que Deus cumprisse a palavra no tempo e maneira que Ele o entendia. Foi permitida uma demora para provar sua fé no poder de Deus; mas ele não pôde suportar a prova. Achando impossível que lhe fosse dado um filho em sua avançada idade, Sara sugeriu, como um plano pelo qual o propósito divino poderia cumprir-se, que uma de suas servas fosse tomada por Abraão como segunda mulher. A poligamia se tornara tão espalhada que deixara de ser considerada como pecado; mas nem por isso deixava de ser uma violação da lei de Deus, e era de resultado fatal à santidade e paz na relação da família. Do casamento de Abraão com Hagar resultaram males, não somente para a sua própria casa, mas para as gerações futuras. [...]FD 17.1

    Quando Abraão tinha quase cem anos de idade, a promessa de um filho foi-lhe repetida, com a informação de que o futuro herdeiro seria filho de Sara. Mas Abraão ainda não compreendeu a promessa. Sua mente de pronto volveu para Ismael, apegando-se à crença de que por meio dele os propósitos graciosos de Deus deveriam cumprir-se. Em sua afeição para com o filho, exclamou: “Oxalá que viva Ismael diante de Teu rosto”. Gênesis 17:18-20. De novo foi feita a promessa, com palavras que não poderiam ser mal-compreendidas: “Na verdade, Sara tua mulher te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei o Meu concerto.” [...]FD 17.2

    O nascimento de Isaque, trazendo a realização de suas mais caras esperanças, após uma espera da duração de uma vida, encheu de alegria as tendas de Abraão e Sara. [...]FD 17.3

    A instrução proporcionada a Abraão, no tocante à santidade da relação matrimonial, deve ser uma lição para todos os tempos. Declara que os direitos e a felicidade desta relação devem ser cuidadosamente zelados, mesmo com grande sacrifício. Sara era a única esposa legítima de Abraão. Seus direitos como esposa e mãe, nenhuma outra pessoa tinha a prerrogativa de partilhar. Reverenciava seu marido, e nisto é apresentada no Novo Testamento como um digno exemplo. Mas não queria que as afeições de Abraão fossem dadas a outra; e o Senhor não a reprovou por exigir o banimento de sua rival. Tanto Abraão como Sara não confiaram no poder de Deus, e foi este erro que determinou o casamento com Hagar.FD 17.4

    Deus havia chamado Abraão para ser o pai dos fiéis, e sua vida devia ser um exemplo de fé para as gerações subseqüentes. Mas sua fé não tinha sido perfeita. Mostrara falta de confiança em Deus, ocultando o fato de que Sara era sua esposa, e novamente com o seu casamento com Hagar. — Patriarcas e Profetas, 125-127, 130, 132, 136, 137, 145-147.FD 17.5

    A herança que Deus prometeu a Seu povo não está neste mundo. Abraão não teve possessão na Terra, “nem ainda o espaço de um pé”. Atos dos Apóstolos 7:5. Ele possuía muitos recursos, e deles fazia uso para a glória de Deus e para o bem de seus semelhantes; mas não olhava para este mundo como sua pátria. O Senhor o chamara para deixar seus patrícios idólatras, com a promessa da terra de Canaã em possessão eterna; todavia nem ele, nem seu filho, nem o filho de seu filho, a recebeu. Quando Abraão quis um lugar para sepultar seus mortos teve de comprá-lo aos cananeus. Sua única possessão na terra da promessa foi aquele túmulo cavado na pedra, na caverna de Macpela. — Patriarcas e Profetas, 169.FD 18.1

    [“Tendo Sara vivido cento e vinte e sete anos, morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; veio Abraão lamentar Sara e chorar por ela.]FD 18.2

    [“Levantou-se, depois, Abraão da presença de sua morta e falou aos filhos de Hete: ‘Sou estrangeiro e morador entre vós; dai-me a posse de sepultura convosco, para que eu sepulte a minha morta].’ [...]FD 18.3

    [“Ouve-nos, senhor: tu és príncipe de Deus entre nós; sepulta numa das nossas melhores sepulturas a tua morta; nenhum de nós te vedará a sua sepultura, para sepultares a tua morta”. Gênesis 23:1-4, 6.]FD 18.4

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