15 — Que Vão Ler Nossos Filhos?
Que vão ler nossos filhos? Esta é uma questão séria, e que exige uma séria resposta. Perturba-me ver, entre as famílias observadoras do sábado, periódicos e jornais que contêm histórias em série, as quais não deixam impressão para o bem na mente das crianças e jovens. Tenho observado aqueles cujo gosto pela ficção foi assim cultivado. Tiveram o privilégio de ouvir a verdade, de familiarizar-se com as razões de nossa fé; mas chegaram aos anos mais avançados destituídos da verdadeira piedade e religião prática. Não manifestam devoção e não refletem sobre seus companheiros a luz celestial para os levar à Fonte de todo verdadeiro conhecimento.CP 132.1
É durante os primeiros anos da vida da criança que sua mente é mais suscetível a impressões, sejam boas ou más. Durante esses anos, faz-se decidido progresso, quer na direção certa, quer na errada. De um lado, muita informação inútil pode ser adquirida; do outro, conhecimento muito sólido e valioso. A força do intelecto e o saber substancial são riquezas que o ouro de Ofir não pode comprar. Seu preço está acima do ouro ou da prata.CP 132.2
Aquela espécie de educação que habilita os jovens para a vida prática, eles naturalmente não a escolhem. Insistem em seus desejos, seus gostos ou aversões, preferências e inclinações; mas se os pais têm idéias corretas a respeito de Deus, da verdade e das influências e associações que deveriam rodear os filhos, compreenderão que sobre eles repousa a responsabilidade por Deus dada, de guiar cuidadosamente a juventude inexperiente.CP 132.3
Muitos jovens são ávidos por livros. Lêem qualquer coisa que possam obter. Apelo para os pais desses jovens a fim de que governem o desejo deles pela leitura. Não permitais sobre vossas mesas revistas e jornais em que se encontrem histórias de amor. Preenchei o lugar desses com livros que auxiliem os jovens a porem na formação de seu caráter o melhor material - o amor e o temor de Deus, o conhecimento de Cristo. Animai vossos filhos a armazenar na mente conhecimento valioso, a deixar que aquilo que é bom ocupe a alma e dirija suas faculdades, não dando lugar a pensamentos baixos e degradantes. Restringi o desejo pela leitura que não forneça ao espírito bom alimento. O dinheiro gasto com revistas de ficção pode não parecer muito; mas é demasiado para ser gasto naquilo que tanto se presta para o fim de corromper, e do que seja bom dá tão pouco de volta. Os que estão no serviço de Deus, não devem gastar tempo nem dinheiro com leitura que não seja proveitosa.CP 133.1