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    12 - A Carne do Pecado

    A. T. JonesESF 106.1

    Há um erro sério e muito inquietante cometido por muitas pessoas. O erro consiste em pensar que quando uma pessoa se converte, a velha carne pecaminosa é apagada.ESF 106.2

    Em outras palavras, essas pessoas cometem o erro de pensar que precisam se livrar da carne mediante a completa eliminação dela de seu ser.ESF 106.3

    Então, quando constatam que isso não é uma realidade, quando descobrem que a mesma velha carne, com suas inclinações, ataques e incitações, ainda está lá, eles se veem despreparados para o fato e se desanimam, prontos a pensar que nunca se converteram realmente.ESF 106.4

    Todavia, se pensassem um pouco, eles certamente veriam que tudo isso não passa de um erro. Depois da sua conversão, o seu corpo não continuou sendo exatamente o mesmo que você tinha antes? Esse corpo, depois da sua conversão, não continuou sendo composto dos mesmos materiais – a mesma carne, ossos e sangue – que o formavam antes? A essas perguntas todos imediatamente responderão sim. E honestamente, essa é a verdade.ESF 106.5

    Tenho algumas perguntas adicionais a fazer: Essa carne não continuou tendo exatamente a mesma qualidade que antes? Ela não continuou sendo carne humana, carne natural, tão certamente quanto era antes? A isso todos responderão sim.ESF 106.6

    Mais uma pergunta: visto que essa carne continua sendo a mesma e tendo a mesma qualidade – sem deixar de ser carne humana, carne natural –, não é ela também ainda carne pecaminosa tão certamente quanto antes?ESF 106.7

    É justamente aqui que o erro sorrateiramente entra na mente dessas pessoas. A essa última pergunta elas estão inclinadas a pensar que a resposta deveria ser “não”, quando, na verdade, deveria ser um decidido “sim”. E esse decidido “sim” deve ser mantido enquanto continuarmos neste corpo natural.ESF 107.1

    E quando fica decidido e constantemente mantido que a carne de uma pessoa convertida é ainda carne pecaminosa, e nada além de carne pecaminosa, tal pessoa estará tão plenamente convencida de que em sua carne não habita bem algum que ela não permitirá que haja nem um pingo de confiança na carne. Sendo esse o fato, ela colocará toda sua dependência em algo que não seja a carne, a saber, no Espírito Santo de Deus. Sua fonte de força e esperança se encontra totalmente fora da carne, ou seja, unicamente em Jesus Cristo. E vigiando, suspeitando e desconfiando eternamente da carne, ela nunca vai esperar que venha algo de bom dessa fonte, e, dessa forma, vai estar sempre preparada, pelo poder de Deus, para rebater e esmagar sem misericórdia qualquer impulso ou sugestão que possa brotar dela. Agindo assim, o crente não falhará, não ficará desanimado, mas seguirá avante, de vitória em vitória e de força em força.ESF 107.2

    A conversão, portanto, como vocês podem ver, não coloca uma nova carne sobre o velho espírito, mas um novo Espírito dentro da velha carne. Seu propósito não é levar uma nova carne para a velha mente, mas, sim, uma nova mente para a velha carne. Libertação e vitória não são alcançadas mediante a retirada da natureza humana, mas mediante o recebimento da natureza divina, capaz de subjugar e ter o domínio sobre a humana. Tal não ocorre por meio da eliminação da carne pecaminosa, mas pelo envio para o interior de nosso ser do Espírito sem pecado a fim de vencer e condenar o pecado na carne.8As seguintes declarações de Ellen White reiteram esse ponto: “Os seguidores de Cristo devem tornar-se semelhantes a Ele – pela graça de Deus devem formar caráter em harmonia com os princípios de Sua santa lei. Isto é santificação bíblica. Essa obra unicamente pode ser efetuada pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito de Deus habitando em nós. [...] O cristão sentirá as insinuações do pecado, mas sustentará luta constante contra ele. Aqui é que o auxílio de Cristo é necessário. A fraqueza humana se une à força divina, e a fé exclama: ‘Graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo’ (1 Coríntios 15:57)” (Jesus, Meu Modelo, p. 359, grifo acrescentado). “Satanás assaltou a Cristo com as suas mais cruéis e sutis tentações; foi, porém, repelido em cada conflito. Aquelas batalhas foram travadas em nosso favor; aquelas vitórias nos tornam possível vencer. Cristo dará força a todos os que a busquem. [...] O fato de Cristo ter vencido deve incutir em Seus seguidores coragem para combater varonilmente na peleja contra o pecado e Satanás” (O Grande Conflito, p. 510, grifo acrescentado). “Ensinai-lhes que, se se ligarem com Deus, Dele terão forças para resistir às mais ferozes tentações” (Orientação da Criança, p. 266, grifo acrescentado).ESF 107.3

    As Escrituras não dizem: Tende em vós a mesma carne que houve também em Cristo Jesus, mas, sim: “Tende em vós a mesma mente que houve também em Cristo Jesus” (Fl 2:5, KJV).ESF 108.1

    As Escrituras não dizem: Transformai-vos pela renovação da vossa carne, mas, sim: “Transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Romanos 12:2). Seremos transladados pela renovação da nossa carne, mas devemos ser transformados pela renovação da nossa mente.ESF 108.2

    O Senhor Jesus assumiu a mesma carne e sangue, a mesma natureza humana que temos, uma carne assim como a nossa carne do pecado9Ao discutir esse assunto, Jones estava seguindo de perto os conceitos presentes no guia de estudos bíblicos Bible Readings for The Home, amplamente divulgado em sua época, e traduzido em língua portuguesa em 2006 sob o título Estudos Bíblicos: Guia Completo de Orientação e Estudo das Escrituras Sagradas (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2006). Nos comentários sob a pergunta de número seis do estudo “Vida sem Pecado” pergunta-se: “Até que ponto partilhou Jesus de nossa humanidade comum?” Após citar Hebreus 2:17, o estudo tece os seguintes comentários: “Em Rom. 8:3 e 4, Paulo declara corretamente que Jesus Cristo possuía a mesma carne que nós, carne de pecado, carne na qual pecamos, na qual, entretanto, Ele não pecou; mas carregou nossos pecados nessa carne de pecado. Por haver nascido na mesma família humana, Jesus é meu irmão na carne; ‘por cuja causa não Se envergonha de lhes chamar irmãos’ (Heb. 2:11)” (p. 66)., e, por causa do pecado, e pelo poder do Espírito de Deus mediante a mente divina que estava Nele, “condenou o pecado na carne” (Romanos 8:3, ARC). Nisso reside nossa libertação (Romanos 7:25); nisso reside nossa vitória. “Tende em vós a mesma mente que houve também em Cristo Jesus”. “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo” (Ezequiel 36:26).ESF 108.3

    Não se desanimem diante da pecaminosidade da carne. É somente graças à luz do Espírito de Deus e ao discernimento da mente de Cristo que vocês conseguem enxergar toda essa pecaminosidade na carne de vocês; e quanto maior for a pecaminosidade que vocês conseguirem enxergar na carne, tanto mais do Espírito de Deus vocês certamente terão. Esse é um teste seguro. Então, quando vocês constatarem a abundância de pecaminosidade em vocês, agradeçam ao Senhor por terem essa grande medida do Espírito de Deus que lhes permite ver tanto assim da pecaminosidade, e saibam com toda segurança que “onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 5:20, 21).ESF 108.4

    Advent Review and Sabbath Herald, 18 de abril de 1899ESF 109.1

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