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    Gálatas 5:22-26

    A. T. Jones

    “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros.”ESF 156.1

    Vimos, em certa medida, a maldade e o engano inerente das obras da carne. Mas, graças ao Senhor, há uma perspectiva mais promissora.ESF 156.2

    O Espírito de Deus, o qual, em Sua plenitude, é gratuitamente concedido a todo crente, milita contra a carne, de modo que, na pessoa que é guiada pelo Espírito de Deus, a carne não pode fazer as coisas que ela gostaria. Nessa pessoa, o Espírito de Deus governa e faz com que apareça na vida “o fruto do Espírito” no lugar das “obras da carne”.ESF 156.3

    E embora seja verdade que os que praticam “coisas semelhantes” às mencionadas na lista das obras da carne “não herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5:21), todavia, por meio do dom do Espírito Santo, mediante a graça de Cristo, Deus fez todas as provisões pelas quais cada pessoa, apesar de todas as paixões, concupiscências, desejos e inclinações da carne, pode herdar o reino de Deus.ESF 156.4

    Em Cristo a batalha já foi travada em todas as coisas, e a vitória foi completa. Ele Se tornou carne – a mesma carne e sangue19Ver nota na página 97. daqueles a quem veio redimir. Ele Se tornou semelhante aos seres humanos em todas as coisas. Ele foi “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança” (Hebreus 4:15). Se Ele não tivesse sido “à nossa semelhança” em qualquer “coisa”, então naquela coisa seria impossível que Ele tivesse sido tentado “à nossa semelhança”.ESF 156.5

    Ele pôde “compadecer-Se das nossas fraquezas” (Hebreus 4:15), pois foi “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança”. Quando Ele foi tentado, sentiu os desejos e as inclinações da carne precisamente da forma como nós os sentimos ao sermos tentados;20Embora Ellen White claramente afirme que “Cristo não possuía a mesma deslealdade pecaminosa, corrupta e caída que possuímos” (Manuscrito 94, 1893), ela também declara que “toda tentação que poderia ser trazida contra a humanidade caída, Ele enfrentou e venceu” (Signs of the Times, 17 de junho de 1897), e que “Cristo veio revelar a Fonte de Seu poder, a fim de que o homem jamais precise depender de suas capacidades humanas desajudadas” (The Ellen G. White 1888 Materials, p. 533). “Ele assumiu a humanidade, era osso de nossos ossos e carne de nossa carne, e Se submeteu a todas as tentações com as quais o homem seria atacado” (Carta 11a, 1894). pois “cada um [...] é tentado pelo próprio mau desejo [as inclinações da carne], sendo por este arrastado e seduzido” (Tiago 1:14, NVI). Jesus foi capaz de experimentar tudo isso “sem pecado”, já que ser tentado não constitui pecado.21“Não há pecado em ser tentado; mas o pecado ocorre quando se cai em tentação.” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, vol. 4, p. 357). É somente pecado quando o “desejo [é] concebido”, ou acariciado, quando a inclinação é aprovada; é somente então que tal desejo “dá à luz o pecado” (Tiago 1:15, NVI). Quanto a Cristo, Ele nunca, nem sequer em um pensamento, acariciou o desejo ou autorizou alguma inclinação da carne. Assim, numa carne semelhante à nossa Ele foi tentado em todas as coisas, mas sem nenhuma mancha de pecado.ESF 157.1

    Dessa forma, pelo poder divino que Ele recebeu mediante a fé em Deus, Cristo, em nossa carne, sufocou por completo toda inclinação da carne; e, com eficácia, matou, pela raiz, todo desejo da carne e, consequentemente, “condenou o pecado na carne” (Romanos 8:3). Ao agir assim, Ele trouxe não somente vitória completa a cada pessoa do mundo, mas também poder divino para mantê-la. Ele fez tudo isso “para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Romanos 8:4, ARC).ESF 157.2

    Essa vitória em sua plenitude é gratuita a todos em Cristo Jesus. Ela é recebida pela fé em Jesus. É realizada e mantida pela “fé de Jesus” (Apocalipse 14:12, KJV), que Ele preparou com toda perfeição e concedeu a todo crente Nele. Pois “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 João 5:4).ESF 157.3

    Ele, “na Sua carne, desfez a inimizade” que separava a humanidade de Deus (Efésios 2:15, ARC). Para realizar isso, Ele assumiu a carne – e era necessário que assim fosse –, na qual a inimizade existia. Ele, então, desfez em Sua carne a inimizade “para criar em Si mesmo dos dois”, Deus e o homem que havia se extraviado, “um novo homem, fazendo a paz”.ESF 158.1

    Ele “na Sua carne, desfez a inimizade” para que “reconciliasse ambos”, judeus e gentios – toda a humanidade sujeita à inimizade – “em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo “em Si mesmo, a inimizade” (Efésios 2:16, KJV, margem). “A inimizade” estava “em Si mesmo” pelo fato de ela estar “na Sua carne”. E ali “na Sua carne” Ele a matou e a desfez. Ele só pôde fazer isso com a inimizade porque ela, de fato, estava “em Sua carne”.ESF 158.2

    Assim, Jesus tomou sobre Si a maldição em toda a sua plenitude, da mesma forma que essa maldição repousa sobre a humanidade. Isso foi possível ao Ele Se fazer “maldição em nosso lugar” (Gálatas 3:13). Mas “a maldição sem causa não virá” e nunca veio (Pr 26:2). A causa da maldição é o pecado. Ele Se fez maldição em nosso lugar por causa dos nossos pecados. E para que Ele conhecesse a maldição tal como repousa sobre nós, era necessário que Ele conhecesse o pecado tal como é em nós. Dessa forma, “Àquele que não conheceu pecado, [Deus] O fez pecado por nós”, e isso “para que, NELE, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).ESF 158.3

    Embora Cristo tenha Se colocado completamente no mesmo terreno desvantajoso em que se encontra toda a humanidade – tornando-Se em tudo semelhante a nós e sendo “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança” (Hebreus 4:15), mesmo assim nenhuma tendência ou inclinação sequer da carne jamais foi tolerada ou admitida por ele, no mínimo que fosse, mesmo em pensamento; todas, porém, foram eficazmente mortas pela raiz mediante o poder de Deus, o qual, por meio da fé divina, Ele trouxe à humanidade.ESF 158.4

    Assim, “visto [...] que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também Ele, igualmente, participou, para que, por Sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Pois Ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois, naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (Hebreus 2:14-18).ESF 158.5

    E essa vitória que Cristo operou em carne humana é acionada pelo Espírito Santo, a fim de socorrer a todos que, em carne humana, creem hoje em Jesus. Pois, mediante o Espírito Santo, a própria presença de Cristo vem ao crente, pois Seu constante desejo é que “segundo a riqueza da Sua glória, [...] sejais fortalecidos com poder, mediante o Seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus” (Efésios 3:16-19).ESF 159.1

    Assim, esta libertação da culpa do pecado e do poder do pecado, a qual mantém o crente triunfante sobre todos os desejos, tendências e inclinações da carne pecaminosa pelo poder do Espírito de Deus – esta libertação é operada hoje pela presença pessoal de Cristo Jesus EM CARNE HUMANA no crente,22“Ele venceu na natureza humana, dependendo de Deus para ter o poder. Este é o privilégio de todos. Em proporção à nossa fé será nossa vitória” (Ellen G. White, The Youth’s Instructor, 25 de abril de 1901). precisamente como foi operada pela presença pessoal de Cristo em carne humana há 2 mil anos atrás.ESF 159.2

    Cristo é sempre o mesmo – “ontem e hoje, [...] e o será para sempre” (Hebreus 13:8). O evangelho de Cristo é sempre o mesmo – ontem e hoje, e o será para sempre. O evangelho de Cristo é o mesmo de 2 mil anos atrás. Naquela época, era “Deus [que] Se manifestou em carne” (1 Timóteo 3:16, ACF), e hoje é o mesmo: “Deus Se manifestou” na mesma carne, a carne de seres humanos pecaminosos, a carne humana, exatamente como é a natureza humana.23“Em sua carta acerca das tentações de Cristo, você diz: ‘Se Ele era Um com Deus, não poderia cair.’ [...] O ponto que você me pergunta é: Na grande cena do conflito de nosso Senhor no deserto, aparentemente sob o poder de Satanás e seus anjos, era Ele suscetível, em Sua natureza humana, de ceder a essas tentações? Procurarei responder a essa importante pergunta: Como Deus, Ele não podia ser tentado; mas, como homem, podia sê-lo, e isso fortemente, e podia ceder às tentações. Sua natureza humana teria de passar pela mesma prova e provação que Adão e Eva. Sua natureza humana foi criada; ela nem sequer possuía os poderes angélicos. Era humana, idêntica à nossa. Ele estava transpondo o terreno em que Adão caiu. Achava-se agora no ponto em que, se resistisse à prova e provação em favor da raça decaída, redimiria o ignominioso fracasso e queda de Adão, em nossa própria humanidade” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 129, grifo acrescentado).ESF 159.3

    Esse evangelho é “Cristo em vós, a esperança da glória” (Colossenses 1:27) – Cristo em você assim como você é, com pecados, pecaminosidade e tudo o mais; pois Ele Se entregou a Si mesmo por nossos pecados e por nossa pecaminosidade. Cristo nos comprou assim como estamos e Deus “nos fez agradáveis a Si no Amado” (Efésios 1:6, ARC). Ele recebeu você assim como você é, e o evangelho, “Cristo em vós, a esperança da glória”, coloca você sob o domínio da graça de Deus e, por meio do Espírito de Deus, torna você tão sujeito ao poder de Cristo e de Deus que “o fruto do Espírito” aparece em você em lugar das “obras da carne”.ESF 160.1

    E o fruto do Espírito é:ESF 160.2

    Amor – o amor de Deus que é derramado no coração pelo Espírito de Deus. E em vez de o ódio, ou qualquer coisa do gênero, ser tolerado, até mesmo em pensamento, ninguém poderá fazer nada com você que o leve a fazer outra coisa que não seja amá-lo, visto que esse amor, sendo o amor de Deus, é o mesmo “ontem e hoje, [...] e o será para sempre” e ama, não por recompensa, mas simplesmente por amar. Ele ama simplesmente porque é amor, e, por ser somente isso, não pode atuar de outra forma.ESF 160.3

    Alegria é “a felicidade intensa que brota de um bem presente ou esperado”. Mas nesse caso, a conjunção alternativa “ou” é excluída, pois esta alegria é a felicidade intensa que brota de um bem presente e esperado. A sua causa é eterna. Portanto, trata-se de uma alegria eternamente presente e eternamente esperada. E o resultado é uma “exultante satisfação”.ESF 160.4

    Paz – paz perfeita que reina no coração –, “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” e guarda o “coração e a [...] mente” daquele que a possui (Fl 4:7).ESF 161.1

    Longanimidade, Benignidade, Bondade, Fé – Esta fé – pistis no grego – significa “firme convicção, uma convicção fundamentada na confiança e NÃO no conhecimento [a fé “do coração”, não do intelecto; a fé de Cristo, não do credo]; uma confiança firmemente estabelecida, nutrida pela convicção e pronta a desafiar oposições contraditórias”.ESF 161.2

    Mansidão, Domínio Próprio – Temperança é o mesmo que domínio próprio. Em outras palavras, o Espírito de Deus livra a pessoa da sujeição às paixões, desejos e hábitos pecaminosos e faz dela uma pessoa livre, mestre de si mesma.ESF 161.3

    “Contra estas coisas não há lei”. A lei de Deus só é contra o pecado. Na vida humana, a lei de Deus é contra tudo que não seja o fruto do Espírito de Deus. Logo, é certo que tudo na vida humana que não corresponder ao fruto do Espírito de Deus é pecado. Isso nada mais é do que afirmar em outras palavras a eterna verdade de que “tudo o que não provém de fé é pecado” (Romanos 14:23).ESF 161.4

    Portanto, “se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”. E por vivermos de fato no Espírito e andarmos no Espírito, “não nos deixemos” – sim, não nos iremos deixar; sim, não nos podemos deixar – “possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros”.ESF 161.5

    Advent Review and Sabbath Herald, 2 de outubro de 1900ESF 161.6

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