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    Capítulo 4 — Uma noite de preparação

    As cartas reais aos governadores das províncias ao longo de seu itinerário conseguiram para Neemias recepção honrosa e pronto auxílio. E inimigo algum ousou molestar o oficial que se achava protegido pelo poder do rei persa e era tratado com notável consideração pelos regentes provinciais. A viagem de Neemias decorreu segura e próspera.LVN 19.1

    Sua chegada a Jerusalém, entretanto, acompanhado de uma guarda militar, mostrando que viera no desempenho de alguma missão importante, despertou o ciúme e ódio dos inimigos de Israel. As tribos pagãs estabelecidas perto de Jerusalém haviam anteriormente nutrido inimizade contra os judeus, acumulando sobre eles todo tipo de insulto e injúria que ousavam infligir-lhes. Destacaram-se nessa má obra certos chefes dessas tribos: Sambalá, o horonita, Tobias, o amonita, e Gesém, o arábio; e daí por diante esses líderes observavam com olhos invejosos os movimentos de Neemias, procurando por todos os meios ao seu alcance frustrar-lhe os planos e impedir-lhe a obra.LVN 19.2

    Neemias continuou a exercer a mesma cautela e prudência que até aí haviam marcado sua conduta. Sabendo que inimigos cruéis e decididos estavam prontos para se lhe opor, ele ocultou a natureza de sua missão até que um estudo da situação o capacitasse a formular seus planos. Assim esperava assegurar a cooperação do povo e levá-lo a trabalhar antes que a oposição dos inimigos despertasse.LVN 19.3

    Neemias havia sido altamente honrado por Deus e se lhe haviam confiado grandes responsabilidades; mas nem por isso presumiu que podia agir de maneira independente e autossuficiente. Escolhendo uns poucos homens que ele sabia serem dignos de confiança, Neemias falou-lhes das circunstâncias que o levaram a Jerusalém, o que ele tinha em vista realizar, e os planos que propusera seguir. O interesse deles na tarefa foi assegurado imediatamente, bem assim sua assistência.LVN 19.4

    Na terceira noite depois de sua chegada, Neemias se levantou de noite, e com alguns companheiros fiéis saiu para ver com os próprios olhos a desolação de Jerusalém. Montando em seu animal, passou de uma à outra parte da cidade, contemplando os muros arruinados e as portas da cidade de seus pais. Dolorosas reflexões encheram o espírito do patriota judeu. Lembranças da passada grandeza de Israel vinham-lhe à mente em vívido contraste com as evidências de sua humilhação. Por ter ela desrespeitado a palavra de Deus, rejeitado a reprovação e se recusado a corrigir seus caminhos, havia sido deixada sem poder e honra entre as nações. O povo por quem Deus havia operado tão maravilhosamente, brincou com seus privilégios, desprezou Seus conselhos, e uniu-se a seus inimigos, até que Ele retirou deles Sua presença e proteção especiais.LVN 19.5

    Com o coração tomado de dor, o visitante que de longe viera, contemplou as arruinadas defesas de sua amada Jerusalém. E não é assim que os anjos do Céu inspecionam a condição da igreja de Cristo? Como os habitantes de Jerusalém, habituamo-nos aos males existentes, e muitas vezes ficamos satisfeitos, sem fazer nenhum esforço para remediá-los. Como, porém, são esses males considerados pelos seres iluminados divinamente? Não olham eles, como Neemias, de coração tomado de tristeza, para os muros arruinados e as portas carbonizadas?LVN 20.1

    Não estão visíveis em todos os lugares os vergonhosos sinais da apostasia e a conformidade com um mundo amante do pecado e inimigo odiento da verdade? Nestes dias de escuridão e perigos, quem é capaz de pôr-se em defesa de Sião e mostrar-lhe o bem? Seu estado espiritual e esperanças não estão de acordo com a luz e privilégios concedidos por Deus.LVN 20.2

    Para muitos dos professos seguidores de Cristo, são hoje aplicadas as mesmas reprovações que foram dadas ao povo de Israel, Quando o Senhor disse por intermédio de Seus profetas: “Pois que tanto amaram o afastar-se e não detiveram os pés; por isso, o Senhor Se não agrada deles, mas agora Se lembrará da maldade deles e visitará os seus pecados” (Jeremias 14:10).LVN 20.3

    Em sigilo e silêncio Neemias completou o seu circuito em torno dos muros. Declarou ele: “Não souberam os magistrados aonde eu fui nem o que eu fazia: porque ainda até então nem aos judeus, nem aos nobres, nem aos magistrados, nem aos mais que faziam a obra, tinha declarado coisa alguma” (Neemias 2:16). Nesse penoso exame não desejava ele atrair a atenção nem de amigos nem de inimigos, para que não se criasse uma agitação, e surgissem boatos que pudessem derrotar, ou pelo menos estorvar sua obra.LVN 20.4

    Neemias dedicou o restante da noite à oração; de manhã teria de fazer sério esforço para despertar e unir seus compatriotas desanimados e divididos. — The Southern Watchman, 22 de março de 1904.LVN 20.5

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