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    17. A Língua do Caluniador

    Durante o surgimento e progresso da proclamação da terceira mensagem, a língua do caluniador não esteve silente. Os homens sempre usarão os melhores argumentos que têm. Quando não conseguem usar a Bíblia para combater as posições dos que ensinam verdades incômodas impopulares, alguns recorrem à calúnia como sua melhor ferramenta. Eles às vezes percebem que a situação é desesperadora e sentem que precisam resolvê-la de forma urgente. A verdade é poderosa. O povo a ouve e alguns a obedecem, com frequência os melhores membros de várias organizações religiosas. Os esforços para fazer oposição à verdade com base em argumentos bíblicos não conseguem silenciar sua voz e, em alguns casos, fazem com que a mente de muitos se volte para ela. Frente a isso, eles sentem que algo deve ser feito. É doloroso registrar que, como consequência disso, em muitos casos, professos ministros de Jesus Cristo apelam para uma linguagem suja e vulgar, e se rebaixam, inventando e repetindo as calúnias mais vis a fim de despertar o preconceito das pessoas contra os que defendem a verdade de Deus.MH 255.1

    Existem centenas de ministros nos Estados Unidos que, caso a proclamação das verdades impopulares da terceira mensagem em sua vizinhança os perturbe em sua quieta possessão dos ouvidos do povo, teriam muita satisfação em repetir as velhas e surradas falsidades concernentes às túnicas preparadas para a ascensão, e coisas parecidas, para enfraquecer a influência do servo de Deus.MH 255.2

    Em quase todos os lugares onde nossos ministros apresentam palestras sobre a segunda vinda de Cristo e sobre a preparação necessária para esse evento, eles têm que lutar contra os preconceitos do povo, causado por histórias sobre as inconsistências dos adventistas, uma das quais é que, a certa altura da espera no passado, muitos deles de fato prepararam túnicas de linho branco, e as vestiram para ficar prontos para subir e encontrar o Senhor que estava prestes a vir.MH 255.3

    Embora todas as pessoas sãs, que tenham algum conhecimento daquilo que as Santas Escrituras ensinam sobre a preparação necessária para encontrar o Senhor, quando Ele descer do Céu, concordem que preparar uma túnica branca literal para aguardar a transferência da Terra para o Céu, da mortalidade para a imortalidade, seja uma indicação de total insanidade mental, nenhuma delas verá em tal ato evidências de criminalidade.MH 255.4

    Mas eu não creio que nada disso tenha jamais ocorrido. Estou ativamente engajado na proclamação da doutrina do segundo advento há mais de vinte e cinco anos, tendo viajado e pregado no Maine, New Hampshire, Vermont, Massachusetts, Connecticut, Rhode Island, Nova York, Ohio, Michigan, Illinois, Wisconsin, Iowa e Canadá, e não conheci ninguém que tivesse visto um adventista vestido dessa maneira, ou alguém que mostrasse provas de que algo do tipo tivesse acontecido, apenas relatos vagos. Os relatos eram sempre sobre pessoas da cidade vizinha, ou do outro condado ou estado.MH 256.1

    Repetimos: relatos com referência a esse assunto e calúnias de natureza semelhante foram uma centena de vezes refutados em periódicos do segundo advento, e evidências que comprovem a veracidade dessas declarações têm sido solicitadas. No entanto, ninguém foi capaz de apresentar tais provas. Mesmo assim, a língua do caluniador se deleita em repetir as velhas e surradas falsidades. Os pastores Loughborough e Strong as ouviram em Orange, Michigan, em janeiro de 1868, assim como o pastor Cornell, em Johnstown, Michigan, poucas semanas depois. Em ambos os casos, a desprezível inverdade foi declarada do púlpito, por professos ministros de Jesus Cristo.MH 256.2

    Em geral, as pessoas dão crédito às declarações desses ministros e concluem que a história das túnicas para a ascensão é verdadeira. Especialmente os que não são favoráveis às ideias sobre o segundo advento, apreciam essa espécie de difamação por parte do clero. O fato de nosso povo nem sempre estar preparado para enfrentá-la acaba sendo a razão por que eu me sinta chamado para falar desse assunto aqui.MH 256.3

    Em 1847, durante nossa travessia de barco a vapor de Portland, Maine, a Boston, Massachusetts, a Sra. White estava falando aos presentes na cabine das mulheres sobre a assustadora tempestade que enfrentamos, em uma recente travessia entre as duas cidades. Ela falava da importância de estarmos sempre preparados para o encerramento de nosso tempo de graça, seja na morte, seja na volta de Cristo. Uma senhora que estava perto replicou:MH 256.4

    “É assim que os mileritas falam. Eu pretendo me divertir antes de me tornar uma cristã de cara comprida. Os mileritas são o grupo mais iludido da Terra. No dia em que eles esperavam que Cristo viesse, grupos deles, em diferentes lugares, vestiram suas túnicas de ascensão e foram para cemitérios, para o teto das casas e para as altas colinas, e ali ficaram orando e cantando até que a data passou.”MH 256.5

    A Sra. White, então, perguntou para aquela senhora se ela havia visto alguma pessoa vestida daquela maneira. Ela respondeu:MH 257.1

    “Eu mesma não vi. Mas uma amiga que viu me contou. E o fato é tão conhecido em todos os lugares que eu creio nele como se tivesse, eu mesma, visto.”MH 257.2

    A essa altura, outra mulher, sentindo que o testemunho da primeira não devia ser questionado, declarou:MH 257.3

    “Não adianta negar que os mileritas realmente vestiram suas túnicas para a ascensão, pois eles o fizeram nas cidades ao redor da minha.”MH 257.4

    A Sra. White perguntou se essa senhora os tinha visto usando suas túnicas. Ela respondeu:MH 257.5

    “Não, eu não os vi, pois eles não estavam em minha vizinhança imediata. Mas isso foi amplamente divulgado, e todos acreditam que eles realmente fizeram túnicas para a ascensão e as vestiram.”MH 257.6

    A essa altura, sentimentos muito fortes estavam, evidentemente, controlando essas duas senhoras, pois a Sra. White não parecia dar crédito ao que elas diziam contra os mileritas. E a primeira a intervir declarou, alterada:MH 257.7

    “Eu sei que isso aconteceu. Eu acredito plenamente no testemunho dos que me contaram essas coisas. Acredito no que os meus amigos me disseram sobre esses mileritas fanáticos, como se eu mesma tivesse visto.”MH 257.8

    A Sra. White, então, lhe perguntou os nomes de algumas das pessoas que participaram desse movimento fanático, declarando que, se era tão comum vestir túnicas para a ascensão, certamente ela poderia dar os nomes de alguns. A isso, ela respondeu:MH 257.9

    “Certamente eu posso lhe dar nomes. Havia, em Portland, as irmãs gêmeas Harmon. Minhas amigas me disseram que viram suas túnicas e que também as viram saindo para um cemitério vestidas com elas. Com o passar do tempo, elas se tornaram incrédulas.”MH 257.10

    Uma colega de classe da Sra. White, que nunca tinha sido adventista, estava naquela cabine e tinha observado a conversa com interesse e bom humor. Ela estivera em contato com as irmãs Harmon durante todo o período da experiência delas no segundo advento. Ela não pôde mais conter seus sentimentos e, entre risos, entrou na conversa. Apontando para a Sra. White, disse:MH 257.11

    “Essa é uma das irmãs gêmeas Harmon. Eu as conheço desde pequenas, e sei que esse relato de que elas fizeram e usaram túnicas para a ascensão é mentira. Eu nunca fui milerita. Todavia, não acredito que nada disso tenha ocorrido.”MH 257.12

    A tormenta que estava se formando naquela cabine subitamente se acalmou, e veio uma grande calmaria. A Sra. White, então, declarou que todas as histórias sobre túnicas para a ascensão eram, provavelmente, tão destituídas da verdade quanto aquela concernente às irmãs gêmeas Harmon.MH 258.1

    O pastor Josias Litch, atual editor, da Advent Herald, em Boston, em sua história sobre o surgimento e progresso do adventismo, faz a seguinte declaração:MH 258.2

    “Aqueles períodos chegaram e passaram sem nenhuma ocorrência anormal. Assim que eles passaram, caiu um dilúvio de zombarias, injúrias e perseguições, proveniente não tanto do mundo infiel, mas dos professos amigos do Salvador. As histórias mais despropositadas e tolas sobre túnicas para ascensão, sobre idas ao cemitério e sobre subidas aos telhados das casas, etc., etc., eram repetidas várias vezes, tanto no púlpito como na imprensa, até que as pessoas – muitas delas, pelo menos – ficaram quase convencidas de que elas eram verdadeiras.MH 258.3

    “Não podemos imaginar que elas teriam tido qualquer outra origem a não ser uma falsidade intencional. Alguns dos relatos dessa categoria, como descobrimos depois, originaram-se de professos ministros do evangelho, que apresentavam até mesmo a data e o lugar do acontecimento, quando não havia sequer uma palavra de verdade em toda a história. Outros devem ter se originado de maneira semelhante.”MH 258.4

    O trecho apresentado acima, com relação às túnicas para a ascensão, foi publicado na Review and Herald de 14 de abril de 1868. O artigo terminava com o seguinte parágrafo:MH 258.5

    Uma recompensa de cinquenta dólares está sendo oferecida a qualquer pessoa que apresente provas inquestionáveis da veracidade das declarações de que os crentes no segundo advento de Cristo, no dia esperado, vestiram, de fato, as túnicas para a ascensão. Pede-se aos que puderem apresentar essas provas, que as encaminhem imediatamente para este escritor, em Greenville, Montcalm County, Michigan, para que possa receber, pelo correio, os cinquenta dólares.MH 258.6

    Até esta data, 13 de julho de 1868, ninguém respondeu, fornecendo provas de que algo dessa espécie tenha chegado a acontecer. Por que esse silêncio da parte de nossos amigos, bem como de nossos inimigos, se é que existe a mínima aparência da verdade nas declarações sobre este assunto, feitas de maneira solene por ministros como parte do evangelho que pregam do púlpito? Se existem provas, por que não podemos tê-las? O leitor deve considerar essas declarações sobre túnicas para a ascensão, as quais os clérigos opositores, mais que qualquer outra classe de pessoas, têm a coragem de repetir, como calúnias maliciosas, até que obtenha provas confiáveis de que algo assim tenha ocorrido.MH 258.7

    A Review and Herald de 20 de maio de 1868 trouxe o seguinte artigo do pastor J. H. Waggoner, que retrata muito bem esse assunto das túnicas para a ascensão:MH 259.1

    As observações do irmão White sobre as falsidades que circularam a respeito do assunto acima, me fizeram lembrar de um incidente que aconteceu há alguns anos em Wisconsin. Certo Sr. H., pregador da Igreja Metodista Episcopal, ridicularizando os adventistas, disse: “É fato que eles fizeram e vestiram túnicas para a ascensão em 1844”. Ao término de suas observações, eu disse estar muito ansioso para conhecer os fatos sobre aquele assunto, e pedi que ele desse detalhes – quem, onde, etc. Ele disse que nem sempre era fácil fornecer evidências sobre assuntos que haviam acontecido em anos passados, e que ele não podia, naquele momento, atender ao pedido. Voltei-me para a congregação e disse:MH 259.2

    “Ele disse que é um fato. Ora, se ele sabe que não é um fato, ele fez uma declaração falsa. Mas se ele sabe que é fato, ele pode conseguir as evidências sobre o fato. Já que ele tem um compromisso de estar aqui novamente em quatro semanas, quero informar que também estarei aqui para ouvir sua declaração, pois ele terá tempo para colher a informação. Se isso ocorreu em algum lugar, será fácil comprová-lo naquela localidade. Espero que todos estejam aqui para ficar a par dos fatos que ele possa apresentar.”MH 259.3

    Sendo assim pressionado para comprovar sua declaração, e vendo que a expectativa das pessoas sobre a questão havia aumentado, ele se viu na obrigação de fazer algo, e prontamente confessou não saber nada sobre isso, mas ter ouvido um relato dessa natureza!MH 259.4

    A maneira como o relato se difundiu é bem ilustrada pelo seguinte caso: Certo irmão T., que morava e trabalhava em Búfalo e frequentava as reuniões do advento ali, estava trabalhando em Erie durante o outono de 1844. Depois que o dia determinado passou, espalhou-se em Erie o relato de que os adventistas de Búfalo vestiram túnicas para a ascensão. Ele ficou tão aborrecido e angustiado com essa tolice que decidiu visitar seus amigos de Búfalo para falar com eles sobre isso. Chegando a Búfalo, ele se encontrou com um conhecido – não adventista – que não sabia de onde ele vinha, e perguntou a esse conhecido se algum dos adventistas de Búfalo havia vestido túnicas para a ascensão. “Não”, disse o seu amigo, “mas todos em Erie vestiram!” O sorriso do irmão T. era autoexplicativo. E foi isso que ocorreu em todas as partes. Todo mundo sabia que isso havia ocorrido, só que o lugar onde havia ocorrido não podia ser identificado.MH 259.5

    A maneira com que o Espírito de Deus guiou a Sra. White para que ela agisse em íntima ligação com a causa da verdade presente, provocou um espírito de perseguição contra ela. O apóstolo diz: “Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós” (Efésios 4:31). Mas essas coisas têm sido utilizadas contra ela pelos professos seguidores de Jesus Cristo, com o objetivo de esmagar seu testemunho e destruir sua influência. Nesse esforço cruel, a língua do caluniador tem sido, em alguns casos, “inflamada pelo inferno”.MH 260.1

    A obra do Senhor através dela tem sido animar o fraco, confortar o abatido, exaltar o padrão da moralidade e da verdadeira piedade e reprovar o pecado em todas suas formas. E por que o dragão não deveria estar irado? Por que não esperaríamos ver os que estão imbuídos do espírito do pai da mentira, deleitando-se com as mais caluniosas falsidades contra os que estão engajados numa atividade como essa? Essa tem sido a obra de Satanás no passado, e sempre será, até que ele seja preso. Ele sempre encontrou – e sempre encontrará – instrumentos dispostos a realizar sua obra de oposição à obra de Deus. E esses instrumentos são mais frequentemente encontrados entre os ministros do que entre qualquer outra categoria. O seguinte episódio, relatado pelo pastor M. E. Cornell, que ocorreu em sua viagem de Battle Creek à Ionia, ilustrará a atitude perversa de alguns que amam ser chamados de “reverendos”:MH 260.2

    Enquanto estávamos em um dos vagões, ocorreu um fato que salienta a necessidade do artigo do irmão White sobre a calúnia eclesiástica. Um ministro presbiteriano do condado de Gratiot estava se esforçando para atrair a atenção para si, visto seu empenho em entreter os passageiros. Entre outras coisas, ele declarou que a Sra. White tivera uma visão em Saint Louis, condado de Gratiot, Michigan, na qual recebera a mensagem de que deveria deixar seu esposo e se unir a outro homem, e de que um homem poderia ter quantas esposas quisesse. Ele, então, fez alguns comentários e gracejos não muito refinados, que provocaram risos em alguns, e desgosto em outros de mente pura. No vagão, havia vários clérigos e muitas senhoras e cavalheiros inteligentes, oriundos de diferentes estados. Naturalmente, não podíamos deixar que tal difamação passasse incólume, e que uma impressão errônea fosse levada a diferentes lugares. Por isso, ficamos atentos, esperando a oportunidade de corrigir a falsa declaração.MH 260.3

    Um judeu inteligente logo entrou na conversa com o ministro, e reverteu a situação ao relatar uma antiga história contra Martinho Lutero, a saber, que ele teve um filho com a própria filha, etc. O ministro ficou agitado. Ele disse: “Isso é uma tremenda calúnia inventada por seus inimigos. Não existe sequer uma prova minúscula disso”. Ele, então, repreendeu severamente o judeu com a mais cortante reprovação, por fazer tal declaração com base em boatos. Chegara a nossa vez, pois a medida com que ele havia medido outros acabara de ser usada para medi-lo.MH 261.1

    Dissemos, então, aos passageiros que conhecíamos o pastor White e sua esposa havia dezesseis anos, e que a declaração feita por aquele clérigo era uma grande calúnia. Primeiro, porque a Sra. White nunca teve uma visão no condado de Gratiot; segundo, porque ela nunca teve uma visão, onde quer que fosse, com o conteúdo que fora narrado. Então, nós o desafiamos a que parasse em Owasso, com qualquer de seus amigos como testemunha, e lhe daríamos mil dólares, com a condição de que ele provasse sua declaração. Insistimos nisso com tanta determinação que todos no vagão pareciam estar convencidos de que ele havia pronunciado uma calúnia. Ele ficou embaraçado e, em um murmúrio, disse: “Assim eu ouvi!”MH 261.2

    Um inteligente incrédulo de Dearborn, Michigan, levantou-se e fez algumas observações enfáticas sobre apresentar evidências baseadas em boatos, e sobre condenar um grupo inteiro de pessoas por causa de uma história de alguém de suas fileiras. “Devo eu”, disse ele, “chamar todos os metodistas de assassinos porque vários de seus pregadores estão, hoje, em nossa penitenciária? Devo eu condenar todos os ministros porque um pastor de nossa cidade desapareceu com a esposa do irmão M., na semana passada?” A essa altura, a maré havia virado completamente. Alguns dos passageiros se dirigiram livremente a mim, demonstrando estar ansiosos para saber mais (Advent Review, 28 de abril de 1868).MH 261.3

    Eu não creio que todos os ministros que diferem de nós, na fé e na prática, compartilham da culpa daquele homem. Nenhum homem decente, seja de dentro ou de fora do ministério, teria prazer em pronunciar uma calúnia tão vil diante das damas e cavalheiros de um vagão, por mais que fosse contrário às opiniões religiosas dos adventistas do sétimo dia. Acredito que existem ministros tementes a Deus em todas as igrejas que, desejosos de ser tratados com o mesmo respeito, nunca se adiantariam em dar um testemunho falso e calunioso contra aqueles que estão dedicando suas vidas à causa de Cristo. Mas, embora possamos encontrar alguns raros indivíduos com esse perfil, a experiência de um quarto de século ensinando verdades impopulares me mostrou que, onde existe interesse pessoal envolvido, pouquíssimos são os ministros que não se rebaixarão à repetição das mais vis calúnias a fim de diminuir a influência daqueles que conquistam a atenção do povo mas pensam diferente deles. Com referência às declarações do pastor Cornell, no entanto, direi:MH 261.4

    1. A Sra. White nunca esteve em Saint Louis, condado de Gratiot, Michigan.MH 262.1

    2. Ela nunca teve uma visão no condado de Gratiot.MH 262.2

    3. Seu padrão de moralidade sempre foram os dez mandamentos.MH 262.3

    4. Suas ideias, suas atividades públicas e privadas, seus livros e ensinamentos orais sempre estiveram em estrita harmonia com a lei de Deus, o mais alto padrão de moralidade na Terra.MH 262.4

    5. Ela sempre apresentou o mais decidido testemunho contra qualquer afastamento dos princípios estabelecidos pelos dez mandamentos.MH 262.5

    6. Por vinte e cinco anos, ela tem dado testemunho público nos estados do Maine, New Hampshire, Vermont, Massachusetts, Connecticut, Rhode Island, Nova York, Pensilvânia, Ohio, Michigan, Illinois, Wisconsin, Iowa e no Canadá. Nesse período, ela já escreveu livros que somaram mais de duas mil e cem páginas, além de muitos artigos para vários periódicos. Todos os que conhecem seus ensinamentos sabem que, atribuir a ela qualquer declaração que não esteja em estrita harmonia com o padrão divino de moralidade, é uma calúnia. Que seus adversários apontem uma frase impura em todos os seus escritos, ou que provem que, em seus ensinamentos religiosos, ela tenha pronunciado qualquer palavra impura; se não o puderem fazer, que cessem sua perseguição caluniosa a essa abnegada mulher cristã.MH 262.6

    Mas não me dou ao luxo de pensar que, mesmo diante de tudo o que possa ser dito para evidenciar a falsidade das declarações concernentes às túnicas para a ascensão e às ideias da Sra. White, a língua do caluniador se silenciará. Não. Os ministros conhecem a influência que têm na mente do público, e as vantagens que têm sobre nós nesse ponto. Sem se importar com a justiça e com a verdade, eles, indubitavelmente, continuarão a realizar essa obra escandalosa onde quer que a gloriosa doutrina da vinda de Jesus seja proclamada. Podemos apenas expor seus pecados a esse respeito, e convencer as mentes honestas de que isso está errado.MH 262.7

    O dragão está irado com os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo. Ele usará qualquer um que se disponha a ser instrumento de calúnia e insulto aos seguidores de Jesus Cristo. Zombadores zombarão e mentirosos mentirão, quer portem o título “reverendo” ou sejam donos de bordéis. E, quanto mais alta a posição, maior o crime. Mas por todas essas coisas, Deus os trará a Juízo. Os que temem a Deus e guardam Seus mandamentos, sofrendo opróbrio por amor de Cristo e da verdade, terão sua recompensa. Os que utilizam a língua vil do caluniador contra eles, a fim de esmagar sua influência e impedir os outros de obedecer os mandamentos para que vivam, perecerão com toda sua vileza. Estes também terão sua recompensa. A Testemunha Verdadeira deu Seu testemunho quanto à presente controvérsia e ao destino final de ambas as classes de atores, conforme registrado pelo profeta João:MH 263.1

    Primeira classe: “Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na Cidade pelas portas” (Apocalipse 22:14, ARC, margem; KJV). Estes estão fazendo o que é correto. Embora sofram por praticar o bem, e sejam alvo de todo o ódio e toda a difamação que homens ímpios e demônios possam inventar, eles terão como recompensa a santa cidade e a árvore da vida.MH 263.2

    Segunda classe: “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Apocalipse 22:15). Estes são os que quebram a lei e a odeiam, e odeiam também os que guardam os mandamentos de Deus. Eles também se destacam por duas coisas em particular: eles amam e cometem a mentira. A aplicação desses dois itens a esses relatos de túnicas para a ascensão, e coisas do tipo, é tão natural, que nenhum comentário adicional se faz necessário. Eles inventam mentiras e amam divulgá-las no púlpito e na imprensa religiosa. Mas graças a Deus que, quando eles forem julgados, ficarão de fora. A felicidade dos que amam a Deus e guardam Seus mandamentos nunca mais será estragada por sua venenosa influência. Queira Deus que eles se arrependam de sua atitude perversa e a abandonem, e que, finalmente, possam desfrutar da santa cidade e da árvore da vida. Mas como eles não estão dispostos a realizar essa obra para receber essa recompensa, sua corruptora influência deve ser suportada com paciência cristã e fortaleza de espírito enquanto o conflito durar.MH 263.3

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