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    Oséias 2.300 Dias

    Além dos símbolos referentes a governos encontrados em Daniel 8, há um período definido de tempo que requer atenção. Conforme registrado no verso 13, Daniel ouve um santo perguntar para outro santo: “Até quando durará a visão do contínuo sacrifício e da transgressão assoladora, para que seja entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados?” (ARC). O anjo se dirige a Daniel e diz: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (Daniel 8:14). Deixando de lado, por ora, a questão sobre o que pode ser o santuário, queremos verificar, se possível, a natureza, o começo e o fim desse período de tempo. Existem dois tipos de tempo na Bíblia: o literal e o simbólico. No tempo simbólico, um dia significa um ano (Números 10:34; Ezequiel 4:6). A que categoria pertencem os 2.300 dias? Considerando que o período foi apresentado em conexão com símbolos, seria fácil e natural concluir que ele compartilheMH 44.7

    da natureza do resto da visão e seja simbólico, apresentando-nos um período de 2.300 anos. Isso fica muito evidente a partir do fato – como é mostrado na investigação de Daniel 8 – de que a extensão da visão do profeta abrange os impérios da Pérsia, Grécia e Roma. Oséias 2.300 anos ali mencionados não podem ser, portanto, dias literais, pois dias literais (algo em torno de seis anos e meio), não poderiam jamais cobrir a duração de nenhum desses impérios, muito menos abarcar a quase totalidade da duração de todos eles, o que, evidentemente, ocorre aqui. Consequentemente, eles devem simbolizar 2.300 anos. É possível determinar o começo desse período? Respondemos: Sim. A chave para essa pergunta está no nono capítulo de Daniel. Entre esse capítulo e o oitavo existe uma conexão inequívoca, a qual passaremos a apresentar.MH 45.1

    Após a menção do verso 14, os 2.300 dias não são mais mencionados no capítulo 8, apesar de todas as demais partes da visão terem sido totalmente explicadas. Portanto, deve ter sido o ponto referente ao tempo que deixou o profeta preocupado. E foi isso que o levou a exclamar, no fim do capítulo: “Espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse” (Daniel 8:27).MH 45.2

    Foi no terceiro ano de Belsazar, em 553 a.C., que Daniel teve a visão do capítulo 8. Cinquenta e três anos antes, Jerusalém tinha sido tomada por Nabucodonosor, iniciando-se, assim, os 70 anos de cativeiro; e 35 anos antes, os caldeus haviam destruído completamente a cidade, derrubando seus muros e queimando a casa de Deus (2 Crônicas 36:19). Ao ler a profecia de Jeremias (cap. 25), Daniel tomou conhecimento, no primeiro ano de Dario, em 538 a.C., de que os 70 anos de cativeiro estavam chegando ao fim, conforme lemos nos primeiros versos de Daniel 9. Fica evidente que ele havia entendido mal o período dos 2.300 dias, a ponto de supor que eles terminariam com os 70 anos de servidão de Israel. Portanto, voltando o rosto na direção da cidade destruída e do templo de seus pais, ele ora arruinado e pede a Deus que faça resplandecer Sua face sobre o santuário assolado (Daniel 9:17).MH 45.3

    “Falava eu, digo, falava ainda na oração, quando o homem Gabriel, que eu tinha observado na minha visão ao princípio, veio rapidamente, voando, e me tocou à hora do sacrifício da tarde. Ele queria instruir-me, falou comigo e disse: Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido. No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a coisa e entende a visão. Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade [...]” (Daniel 9:20-23).MH 45.4

    O contexto, por si só, nos traz evidências suficientes de que a visita do anjo Gabriel tinha como objetivo dar continuidade à visão do capítulo 8, e não precisamos de qualquer argumento especial para provar isso. Mas como existe um ponto vital que depende dessa conclusão, apresentaremos algumas razões que colocam o assunto acima de qualquer contradição.MH 46.1

    1. Gabriel foi encarregado (8:16) de fazer com que Daniel entendesse a visão; mas, no fim do capítulo, Daniel diz que ficou espantado com a visão, e que ninguém a entendeu. Gabriel, portanto, não completou sua missão no capítulo 8, mas o encargo ainda estava sobre ele: “Dá a entender a este a visão”.MH 46.2

    2. O ser que veio até Daniel enquanto este orava foi o mesmo que lhe aparecera em visão no começo, a saber, Gabriel. Em sua fala, fica evidente que agora ele veio para apontar o erro de Daniel quanto à aplicação do tempo: “Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido”. Por que ele não deu uma compreensão completa a Daniel logo no começo? Respondemos: porque Gabriel lhe havia revelado tudo aquilo que ele poderia suportar naquele momento. Ele enfraqueceu e ficou doente por alguns dias.MH 46.3

    3. É feita uma referência direta à visão logo no começo. E, se essa visão não for a do capítulo 8, fica impossível identificá-la. E dizemos ainda mais: se Gabriel não explica no capítulo 9 o que ele omitiu no capítulo 8, é impossível descobrir quando Gabriel teria cumprido sua missão de fazer com que Daniel entendesse a visão.MH 46.4

    4. Quando Gabriel começou sua explicação adicional, ele não explicou o símbolo do carneiro, pois já o havia feito. Ele também não explicou o símbolo do bode, pois, semelhantemente, já o havia explicado. Ele tampouco falou sobre o chifre pequeno, pois já explicara isso claramente no capítulo 8. O que ele explicou então? Exatamente o ponto que fora omitido na visão anterior, a saber, o tempo: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade” (Daniel 9:24). Esses fatos são suficientes para mostrar a conexão entre Daniel 9 e a visão do capítulo 8. Mas como essas palavras de Gabriel – as 70 semanas determinadas sobre o seu povo – explicam o período de 2300 dias? A resposta é: a palavra “determinadas” significa, literalmente, cortadas. Gesenius, em seu Léxico do Hebraico, define o termo da seguinte forma: literalmente, cortar; figurativamente, distribuir, demarcar, separar; daí a tradução: determinar, decretar. A Concordância Hebraica de Englishman diz: determinadas, literalmente, separadas. De qual período as setenta semanas estão separadas ou cortadas? Dos 2.300 dias, pois não é apresentado nenhum outro período do qual elas possam ser retiradas. Isso é confirmado, não restando espaço para dúvida, pela conexão existente entre os dois capítulos, conforme já demonstrado.MH 46.5

    Havendo estabelecido que as 70 semanas de Daniel 4 são os primeiros 490 anos dos 2.300 dias, e que, consequentemente, os dois períodos começam ao mesmo tempo, temos a informação adicional de que esse período de semanas data da emissão do decreto para a restauração e construção de Jerusalém (Daniel 9:25). Se pudermos, então, localizar de maneira definitiva esse decreto no tempo, teremos o ponto de partida para o grande período de 2.300 anos. A Bíblia nos fornece quatro provas pelas quais podemos determinar a data correta:MH 47.1

    1. A partir da emissão do decreto, 49 anos deveriam testemunhar o fim da construção da rua e do muro de Jerusalém (Daniel 9:25, KJV).MH 47.2

    2. A partir desse momento, 62 semanas, ou, no total, 69 semanas, compreendendo 483 anos, estender-se-iam até o Messias, o Príncipe.MH 47.3

    3. Sessenta e nove semanas e meia se estenderiam até a crucifixão, quando cessariam “o sacrifício e a oferta de manjares”, no meio da septuagésima semana (Daniel 9:27).MH 47.4

    4. O período completo de 70 semanas deveria testemunhar a completa confirmação da aliança com o povo de Daniel.MH 47.5

    No capítulo sete de Esdras, encontramos o decreto que estamos procurando. Ele foi emitido em 457 a.C. Muito se poderia dizer sobre esse decreto e sobre a data de sua promulgação, mas uma explicação mais completa e apropriada sobre ele poderá ser dada em outro lugar. Direi, entretanto, que, admitindo que 457 a.C. seja a data correta para o início dos 2.300 anos – fato este corroborado com as mais claras evidências –, ninguém terá dificuldade para compreender como Guilherme Miller chegou à conclusão de que esse período profético chegaria a seu fim no ano de 1843.MH 47.6

    Subtraindo.................................................. 457MH 48.1

    De ........................................................... 2.300MH 48.2

    Restam .................................................... 1.843MH 48.3

    Com a solene convicção [escreve o Sr. Miller] de que esses significativos eventos foram preditos nas Escrituras e deveriam se cumprir dentro de um curto espaço de tempo, o assunto me tocou profundamente e com muita força, levando-me a indagar sobre qual era meu dever para com o mundo, em face da evidência que havia iluminado minha mente. Se o fim estava tão próximo, era importante que o mundo soubesse disso. Eu supunha que esse tema atrairia a oposição dos incrédulos, mas nunca me passou pela cabeça que qualquer cristão se oporia a essa mensagem. Eu imaginava que todos os cristãos ficariam tão alegres, tendo em vista a gloriosa perspectiva, que bastaria apresentar esse assunto e eles o receberiam. Meu grande medo era que, em sua alegre esperança da gloriosa herança a ser revelada em breve, eles recebessem a doutrina sem que examinassem suficientemente as Escrituras como prova dessa verdade. Senti receio, portanto, de apresentá-la, temendo a possibilidade de eu estar errado, e, assim, tornar-me um instrumento para desencaminhar quem quer que fosse.MH 48.4

    Várias dificuldades e objeções me vinham à mente, de quando em quando. Alguns textos que pareciam desafiar minhas conclusões me chamavam a atenção; e eu estava determinado a não apresentar nenhum ponto de vista a ninguém enquanto ainda houvesse alguma dificuldade relacionada a ele. Continuei, portanto, estudando a Bíblia para ver se eu poderia manter qualquer uma dessas objeções. Meu objetivo não era meramente eliminá-las, mas checar se eram válidas.MH 48.5

    Às vezes, em meu trabalho, eu começava a pensar num texto como este: Ninguém sabe nem o dia nem a hora, etc. Portanto, como poderia a Bíblia revelar o tempo do advento? Imediatamente, eu examinava o contexto em que o verso se encontrava e via que, no mesmo contexto, somos informados sobre como podemos saber quando ele está próximo, às portas. Consequentemente, essa passagem não poderia querer dizer que não podemos saber nada sobre a data desse evento. Outras passagens, usadas para apoiar a doutrina de um milênio temporal, surgiam; mas, ao examinar o contexto delas, eu invariavelmente constatava que elas se aplicavam somente ao estado eterno, ou eram tão ilustrativas da pregação do evangelho aqui que se mostravam totalmente irrelevantes para a posição que elas supostamente apoiavam.MH 48.6

    Assim, todas aquelas passagens que falam da vontade de Deus sendo feita na Terra assim como no Céu, e da Terra ficando cheia do conhecimento da glória de Deus, etc., não poderiam ser aplicadas a um momento em que o Homem do Pecado estivesse prevalecendo contra os santos, ou em que os justos e os ímpios estivessem habitando juntos – que será o caso até o fim do mundo. Os que falam sobre a pregação do evangelho a todo o mundo ensinam que, assim que isso vier a acontecer, o fim virá; de modo que tal fim não poderá ser postergado por mil anos a partir da conclusão da pregação, nem por tempo suficiente para que o mundo se converta após a pregação do evangelho em testemunho a todas as nações.MH 49.1

    A questão sobre a ressurreição e o Juízo foi, por algum tempo, uma pedra no caminho. Tendo sido instruído de que todos os mortos seriam ressuscitados ao mesmo tempo, supus que isso devia ser um ensinamento Bíblico, mas logo vi que era apenas uma das tradições dos anciãos.MH 49.2

    O mesmo ocorreu com relação ao retorno dos judeus. Vi que essa questão só poderia ser sustentada mediante a negação das declarações do Novo Testamento, que afirmam não haver diferença entre judeu e grego, escravo ou livre, homem ou mulher; mas a Bíblia é clara ao dizer: “E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gálatas 3:29). Assim, senti-me obrigado a descartar a objeção que defende que há diferença entre judeu e grego; pois os filhos da carne são considerados descendentes, etc.MH 49.3

    Com isso me ocupei desde 1818 até 1823, tempo em que ponderei as várias objeções que me vinham à mente. Durante esse tempo, mais objeções me vieram à mente do que aquelas que meus oponentes puderam apresentar desde então. De todas as objeções que me foram apresentadas, desconheço alguma que não me tenha ocorrido. Todavia, por mais fortes que parecessem no começo, depois de examiná-las à luz da Palavra de Deus, eu só podia compará-las a palhas espalhadas como obstáculos insignificantes numa estrada muito transitada. A carruagem da verdade passava por cima delas, seguindo avante sem qualquer impedimento.MH 49.4

    Miller continuou estudando diariamente a Bíblia, ficando cada dia mais convencido de que tinha um dever pessoal a cumprir quanto ao que ele entendia que a Bíblia ensinava sobre a proximidade do advento. Ele descreve essas impressões da seguinte forma:MH 49.5

    Em meio aos meus afazeres, continuamente soava aos meus ouvidos a ordem: “vá e conte para todo o mundo que eles estão em perigo”. Este texto estava sempre na minha mente: “Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão” (Ezequiel 33:8, 9). Eu tinha a impressão de que, se os ímpios pudessem ser efetivamente advertidos, multidões deles se arrependeriam, e que, se eles não fossem advertidos, o seu sangue poderia ser requerido de minhas mãos. Fiz o que pude para evitar a convicção de que algo era requerido de mim. Pensei que, ao falar livremente sobre isso para todos, eu estaria cumprindo meu dever, e que Deus iria providenciar os instrumentos necessários para o cumprimento da obra. Orei para que algum ministro pudesse compreender a verdade e se dedicasse a sua promulgação. Mas a impressão ainda persistia: Vá e conte para o mundo; o sangue deles Eu o demandarei da tua mão. Quanto mais eu falava sobre isso em minhas conversas, mais insatisfeito eu me sentia comigo mesmo por privar as pessoas dessa verdade. Tentei me desculpar diante do Senhor por não sair e proclamá-la para o mundo. Disse a Ele que eu não estava acostumado a falar em público; que não tinha as qualificações necessárias para captar a atenção de um auditório; que eu era muito tímido e temia me apresentar diante do mundo; que eles não acreditariam em mim nem me dariam ouvidos; que eu tinha a língua pesada e dificuldade para falar. Mas apesar de todas as tentativas, não tive sossego.MH 50.1

    Quando as opiniões do Sr. Miller a respeito da proximidade e da natureza do milênio se tornaram conhecidas, elas, naturalmente, suscitaram muitos comentários entre seus amigos e vizinhos, como também entre os de longe. Alguns desses comentários – que em nenhum sentido envolviam elogios à sanidade mental – eram ocasionalmente repetidas para ele.MH 50.2

    Certa vez, ele ouviu que um médico de sua vizinhança havia dito que o Ilustríssimo Miller, como ele era comumente chamado, era um homem refinado e bom vizinho, mas um monomaníaco quanto ao assunto do advento. Frente a esse relato, o Sr. Miller sugeriu, com bom humor, que talvez o médico lhe desse uma receita para seu caso.MH 50.3

    Quando um dos seus filhos adoeceu, o doutor foi chamado. Depois de receitar a medicação para a criança, o doutor, notando que o Sr. Miller estava mudo em um dos cantos do quarto, perguntou-lhe o que o afligia.MH 50.4

    – Bem, doutor, não sei ao certo. Gostaria que o senhor me examinasse e prescrevesse a medicação necessária.MH 51.1

    O doutor tomou seu pulso, etc., sem conseguir determinar qual era o problema. Perguntou, então, ao Sr. Miller o que ele supunha ser a razão de sua queixa.MH 51.2

    – Bem – disse o Sr. Miller –, eu só sei que sou um monomaníaco. Por isso, gostaria que o senhor me examinasse, e, se eu for mesmo um monomaníaco, por favor, me cure. O senhor pode me dizer quando é que um homem é monomaníaco?MH 51.3

    O doutor enrubesceu e disse achar que podia. O Sr. Miller queria saber como.MH 51.4

    – Ora – disse o doutor –, um monomaníaco é racional em todos os assuntos, menos em um. E quando você toca nesse assunto em particular, ele fica furioso.MH 51.5

    – Muito bem – disse o Sr. Miller –, eu insisto que o senhor procure saber se eu sou mesmo um monomaníaco, e, se eu for, o senhor vai me prescrever os devidos remédios para que eu fique curado. Portanto, o senhor vai se sentar comigo por duas horas enquanto eu lhe apresento o assunto do advento. Se eu for mesmo monomaníaco, quando terminarem as duas horas o senhor saberá.MH 51.6

    O doutor ficou um pouco desconcertado, mas o Sr. Miller insistiu e disse que, como se tratava de um exame médico para avaliar as condições de sua mente, ele poderia cobrar-lhe a consulta.MH 51.7

    O doutor finalmente concordou e, a pedido do Sr. Miller, abriu sua Bíblia e começou a ler Daniel 8. À medida que ele lia, o Sr. Miller lhe perguntou qual era o significado do carneiro e dos outros símbolos apresentados. O doutor havia lido Isaac Newton, e aplicou os símbolos à Pérsia, Grécia e Roma, da mesma maneira que o Sr. Miller.MH 51.8

    Depois, o Sr. Miller perguntou qual seria a duração daqueles impérios.MH 51.9

    – 2.300 dias –, respondeu o médico.MH 51.10

    – O quê? – disse o Sr. Miller. – Como é possível que aqueles grandes impérios durassem apenas 2300 dias literais?MH 51.11

    – Bem –, disse o doutor –, esses dias são anos, de acordo com todos os comentaristas; e aqueles reinos devem durar 2.300 anos.MH 51.12

    O Sr. Miller então pediu que ele fosse ao segundo capítulo de Daniel, e, depois, ao sétimo, capítulos para os quais ele deu a mesma explicação que o Sr. Miller. Ele então perguntou se o doutor sabia quando os 2.300 dias terminariam. Ele não sabia, visto que não sabia quando eles começavam.MH 51.13

    O Sr. Miller pediu que ele lesse o nono capítulo de Daniel. Ele leu até chegar ao verso 21, quando Daniel viu o varão Gabriel, a quem vira na visão.MH 52.1

    – Em que visão? – perguntou o Sr. Miller.MH 52.2

    – Ora – disse o doutor, – na visão do capítulo oito de Daniel.MH 52.3

    O Sr. Miller continuou:MH 52.4

    – Portanto, considera o sentido e entende a visão. Ele veio e o fez entender a visão, não foi?MH 52.5

    – Sim! – disse o doutor.MH 52.6

    – Bem, as setenta semanas estão determinadas. Essas setenta semanas fazem parte de quê? – indagou o Sr. MillerMH 52.7

    – Dos 2.300 dias –, respondeu o médico.MH 52.8

    – Então elas começam com os 2.300 dias?MH 52.9

    – Sim –, disse o doutor.MH 52.10

    – E quando elas terminam?MH 52.11

    – Em 33 d.C.MH 52.12

    – Então, por quanto tempo os 2.300 dias se estendem após 33 d.C.?MH 52.13

    O doutor subtraiu 490 de 2.300 e respondeu:MH 52.14

    – 1810. Ora – ele disse –, isso já passou.MH 52.15

    – Todavia –, continuou o Sr. Miller –, devemos contar 1810 a partir de 33. A que ano chegamos?MH 52.16

    O doutor logo viu que 33 devia ser adicionado. Somando os dois números, ele respondeu: – 1843.MH 52.17

    Diante do inesperado resultado, o doutor se reclinou em sua poltrona e enrubesceu. Logo, pegou seu chapéu e, enraivecido, foi embora.MH 52.18

    No dia seguinte, ele procurou o Sr. Miller, aparentando ter passado por uma grande agonia mental.MH 52.19

    – Ora, Sr. Miller – ele disse, – eu vou para o inferno. Eu não consegui dormir nem por um minuto desde que estive aqui ontem. Examinei a questão de todos os prismas e a visão deve terminar em torno de 1843 d.C., e eu não estou preparado. Acho que vou para o inferno.MH 52.20

    O Sr. Miller acalmou-o e mostrou-lhe o refúgio para o povo de Deus. Dentro de mais ou menos uma semana, tendo procurado o Sr. Miller diariamente, o doutor finalmente seguiu seu caminho com alegria, agora um monomaníaco igualzinho ao Sr. Miller. Mais tarde, ele reconheceu que, antes de chegar ao número 1843, ele não tinha ideia do resultado ao qual chegaria.MH 52.21

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