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A Cruz e Sua Sombra

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    Capítulo 14 – A Festa dos Pães Asmos

    A festa dos pães asmos iniciava no décimo quinto dia do mês abibe, ou nisã, e continuava por sete dias.1Números 28:17 O pão asmo era comido junto com o cordeiro pascal; a Páscoa era seguida pela festa dos pães asmos, embora às vezes o termo “Festa dos Pães asmos” também incluísse a Páscoa. Muitas ofertas eram oferecidas em cada um dos sete dias, e entre elas sete cordeiros. O primeiro e o último dia da festa eram guardados como Sábados cerimoniais, mas o primeiro desses Sábados era considerado mais importante, sendo chamado de o Sábado.2Levítico 23:11, 15CSS 95.1

    “Toda a organização judaica é uma compacta profecia do evangelho”, e cada um dos serviços ordenados por Deus na organização judaica era uma sombra, seja da obra do nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial, ou das cerimônias exigidas da congregação na Terra, em favor da qual está ministrando. Portanto, havia um significado especial em relação ao fato de que, durante séculos, o dia seguinte à Páscoa era guardado como um sábado.CSS 95.2

    No capítulo anterior, mostramos que não era por acaso que, no ano em que o Salvador foi crucificado, a Páscoa aconteceu na sexta-feira, o sexto dia da semana. Tampouco foi por acaso que o sábado cerimonial, o décimo quinto dia do mês de abibe, aconteceu no sétimo dia, o sábado do Senhor. Era o tipo encontrando o antítipo. O amado discípulo João, disse: “Era grande o dia daquele sábado”3João 19:31 cujo termo era usado sempre que o sábado cerimonial anual acontecia no sábado semanal do Senhor.CSS 95.3

    Quatro mil anos antes, no primeiro sexto dia de todos os tempos, Deus e Cristo terminaram a obra da criação. Deus declarou o trabalho terminado muito bom e “descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”.4Gênesis 2:2, 3 Cerca de dois mil e quinhentos anos depois, Deus, em meio à tremenda grandeza do Sinai, ordenou ao Seu povo “lembrar-se do dia do sábado, para o santificar;”5Êxodo 20:1-17 pois naquele dia — o sétimo dia — descansou da obra da criação.CSS 95.4

    Foi uma obra poderosa trazer este mundo à existência mediante a palavra; revesti-lo de verdor e beleza; supri-lo de vida animal; e povoá-lo de seres humanos feitos à imagem de Deus; mas foi uma obra muito maior tomar a terra manchada pelo pecado, seus habitantes mergulhados na iniquidade, e recriá-los, trazendo-os verdadeiramente a um estado de perfeição superior do que quando saíram das mãos do Criador. Esta é a obra realizada pelo Filho de Deus; e quando Ele clamou no Calvário: “Está consumado,” Se dirigiu ao Pai, anunciando o fato de que havia cumprido os requisitos da lei; tinha vivido uma vida sem pecado. Cristo havia derramado Seu sangue como resgate pelo mundo, e agora o caminho estava aberto pelo qual cada filho e filha de Adão poderia ser salvo se aceitasse o perdão oferecido.CSS 96.1

    Assim como o cair do sol anunciava ao mundo a aproximação do santo sábado do Senhor, da cruz do Calvário, o Filho de Deus proclamou que a obra da redenção estava terminada. Essa obra afetaria toda a criação e, embora os homens ímpios não compreendessem o significado dessas palavras misteriosas, “está consumado”, toda a natureza reagiu, como se saltasse de alegria e mesmo as sólidas rochas fenderam-se. Era desígnio de Deus que esse evento estupendo fosse reconhecido pela humanidade; e como aqueles que viviam e até mesmo contemplavam a cena estavam inconscientes de seu significado, santos que dormiam foram despertados de suas sepulturas para proclamar as boas novas.6Mateus 27:50-53CSS 96.2

    A obra da redenção foi completada no sexto dia, e como Deus descansou após a obra da criação, assim Jesus descansou no túmulo de José durante as horas sagradas daquele santo sábado. Seus seguidores também descansaram; pois Ele sempre lhes havia ensinado obediência à santa lei de Seu Pai. Ele havia proibido qualquer pessoa de pensar que mesmo um i ou um til da lei de Deus pudesse ser alterado.7Mateus 5:17, 18 Por quatro mil anos, o sábado tem sido observado como memorial da criação; mas depois que o Salvador morreu na cruz, foi duplamente abençoado, passando a ser um memorial da criação, bem como da redenção.CSS 96.3

    O sábado, como uma grande ponte, abrange todas as épocas. O primeiro pilar que sustenta esta grande instituição foi colocado no Éden, quando, de acordo com o relato de Gênesis 2:2, 3, Deus e o homem não caído descansaram nas sagradas horas do sábado. O segundo pilar da ponte foi lançado entre os trovões do Sinai, quando Deus, ao proclamar o quarto mandamento, como encontrado em Êxodo 20:8-11, citou o fato de ter descansado no sétimo dia da obra da criação, como a razão pela qual o homem devesse santificá-lo. O terceiro pilar da ponte do sábado foi santificado pelo sangue do Calvário. Enquanto o Filho do poderoso Deus descansou da obra da redenção no túmulo, está registrado em Lucas 23:54-56 que os seguidores de Jesus “descansaram no sábado segundo o mandamento”. O quarto pilar desta maravilhosa ponte será lançado na Nova Terra. Em Isaías 66:22, 23, somos informados que depois que o último vestígio da maldição do pecado for removido da Terra, de um sábado a outro, toda carne virá adorar perante o Senhor. Enquanto os novos céus e a Nova Terra permanecerem, também os redimidos do Senhor se regozijarão em celebrar o sábado como um memorial da obra terminada por Cristo na redenção deste mundo caído, bem como um memorial de Sua criação.CSS 97.1

    O segundo dia da Festa dos Pães asmos era a oferta das primícias. Essa era uma cerimônia muito importante, e será tratada separadamente do resto da festa. Durante os sete dias seguintes à Páscoa, o povo comia pães asmos. Sete, denotando um número completo, era um tipo apropriado da vida que deveria ser vivida por aquele que reivindica Cristo como sua Páscoa e tem a bendita segurança de que seus pecados estão cobertos pelo sangue do Salvador. Fermento é um tipo de “maldade e malícia”; o pão sem fermento representa “sinceridade e verdade”. Aquele cujos pecados passados são cobertos,8Romanos 4:7, 8 e percebe o que significa ter a condenação de sua velha vida removida de seus ombros, entra em uma nova vida e não deve retornar à sua vida de pecado, mas viver em toda “sinceridade e verdade”. Tudo isso era simbolizado pela festa de sete dias dos pães asmos, após a Páscoa.CSS 97.2

    TipoLevítico 23:6, 7. No dia seguinte à Páscoa, o décimo quinto dia de abibe, era um sábado cerimonial. AntítipoLucas 23:54-56; João 19:31. O décimo quinto dia de abibe, no ano em que o Salvador foi crucificado, o sábado do sétimo dia do Senhor.

    TipoDeuteronômio 16:4. “Fermento não se achará contigo por sete dias, em todo o teu território”. Antítipo1 Coríntios 5:7. “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado”.

    TipoDeuteronômio 16:3. “Sete dias, nela, comerás pães asmos, para que te lembres, todos os dias da tua vida, do dia em que saíste da terra do Egito”. Antítipo1 Coríntios 5:8. “Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade”.

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