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Daniel e Apocalipse

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    Apêndice 4 — Sínteses biográficas

    Mártires proeminentes (retratos na p. 123).

    John Wycliffe nasceu por volta de 1324. Chamado de “estrela da manhã da Reforma”, foi um religioso inglês, cuja piedade e cujos talentos lhe proporcionaram uma das mais elevadas posições eclesiásticas de honra. Após pregar abertamente contra as corrupções da igreja romana, foi destituído. O papa emitiu diversas bulas contra ele por heresia. Em consequência, foi examinado por uma assembleia, mas fez uma defesa tão boa que a reunião terminou sem definição. Ele continuou a denunciar as corrupções, ordenanças e o poder papal. Mais uma vez, foi convocado perante um sínodo, mas liberado por ordem da mãe do rei. É surpreendente que, embora tenha continuado os ataques veementes a pontos fundamentais da doutrina romana, escapou do destino que acometeu outros semelhantemente acusados. No entanto, mais de 40 anos após sua morte, que ocorreu em 1384, seus ossos foram exumados, queimados e jogados no rio Swift, que os carregou, por meio do Severn, até o mar. Assim seu pó se tornou símbolo de sua doutrina, agora difundida por todo o mundo. Sua obra mais importante foi a primeira tradução da Bíblia para o inglês.DAP 587.1

    John Huss, o celebrado reformador, natural da Boêmia, nasceu em 1370. Estudou na universidade de Praga, onde recebeu o diploma de mestre em artes, tornando-se reitor da instituição e confessor da rainha. Ao entrar em contato com alguns dos escritos de Wycliffe, reconheceu os erros e a corrupção da igreja romana. Passou a expô-los abertamente, mesmo sofrendo perseguição de diversos papas. Por meio de seus ensinos, começou uma reforma na universidade. A fim de detê-la, o arcebispo fez dois decretos. Mas a nova doutrina se espalhou ainda mais. Finalmente, ele foi levado perante um concílio, aprisionado e, após alguns meses de cárcere, sentenciado à morte na fogueira. Embora pressionado na estaca para se retratar, recusou-se com firmeza e, até ser sufocado pela fumaça, continuou a cantar e orar com clara voz. Foi queimado em 1415. Suas cinzas e até mesmo o solo onde se encontravam foram cuidadosamente removidos e jogados no Reno.DAP 587.2

    Jerônimo de Praga, cujo sobrenome foi extraído da cidade onde ele nasceu em algum momento entre 1360 e 1370, graduou-se na universidade de mesmo nome. Depois disso, viajou pela maior parte da Europa. Em Paris, recebeu o diploma de mestre em artes e, em Oxford, familiarizou-se com os escritos de Wycliffe, traduzindo muitos deles para o próprio idioma. Ao voltar para Praga, professou abertamente as doutrinas de Wycliffe e auxiliou Huss na obra de Reforma. Quando este foi preso, ele também expressou sua vontade de comparecer perante o concílio em defesa de sua fé e tentou obter um salvo-conduto do imperador. Não o recebeu. No caminho de volta, foi pego, levado para Constança e, após o martírio de Huss, ameaçado de tormentos semelhantes. Em um instante de fraqueza, negou a fé. Ao ser liberto, porém, lamentou seu pecado e publicamente renunciou sua retratação. Por isso, foi entregue às chamas em 1416.DAP 587.3

    William Tyndale, proeminente religioso inglês, nasceu por volta de 1484. Recebeu ampla instrução em Cambridge e Oxford, e foi ordenado padre. Após aceitar as doutrinas da Reforma, despertou tamanha inimizade entre os católicos romanos por seu zelo e habilidade de expô-los que foi compelido a buscar refúgio na Alemanha. Crendo que as Escrituras deveriam ser lidas pelas massas em sua língua vernácula, fez uma versão completa do Novo Testamento para o inglês. Embora esta tenha recebido a ordem de ser eliminada, foram publicadas seis edições. A versão também serviu de modelo e base para a King James Version, sendo apenas um pouco mais obsoleta. Também traduziu o Pentateuco. Por causa dessas versões e de outros escritos reformados, foi preso na Antuérpia, instigado pelo governo inglês. Após um ano e meio de cárcere, foi queimado, depois de ser estrangulado pelo capataz em 1536.DAP 588.1

    Thomas Cranmer, o primeiro arcebispo protestante de Canterbury, nasceu em 1489. Embora espiritual em sua profissão religiosa, era um tanto quanto político, tal qual um estadista, e, por isso, bastante apto a unir os inimigos religiosos e seculares do papado. Também foi um defensor servil de Henrique VIII. Após a morte deste, uniu-se aos protetores de Joana Grey, que também era protestante. Por isso, foi mandado para a prisão na Torre de Londres na coroação de Maria. Acusado de heresia pelo partido papal, foi queimado em Oxford no ano de 1556. Em seu trabalho de reformador, introduziu a Bíblia nas igrejas e tanto usou sua influência como regente de Eduardo VI que a Reforma prosperou grandemente durante o reinado do jovem monarca. Pouco antes de seu martírio, ele assinou uma retratação contrária a suas convicções, na esperança de viver. Na estaca, porém, foi mais corajoso, lançando primeiro nas chamas a mão que usou para assinar o documento, exclamando diversas vezes: “Ó minha indigna mão direita!”DAP 588.2

    Hugh Latimer, nascido por volta de 1490, foi um dos principais promotores da Reforma na Inglaterra. Estudou em Cambridge e recebeu o título de mestre em artes. No início da Reforma, era defensor zeloso do papado. Mas após conversar com o mártir Bilney, renunciou à fé católica e trabalhou avidamente na pregação do evangelho. Henrique VIII se agradou de seus discursos e o nomeou bispo de Worcester. Mas por se opor a algumas das medidas do rei, Latimer acabou resignando o cargo. Após a morte de seu patrono, Cromwell, os inimigos do falecido foram atrás de Latimer e o prenderam na Torre de Londres. Eduardo VI o soltou, mas ele se recusou a voltar para sua diocese. Permaneceu então com Cranmer, ajudando na Reforma. Quando Maria subiu ao trono, ele foi enviado novamente para a Torre, juntamente com Cranmer e Ridley. Da prisão, foi enviado para debater com bispos papais em Oxford. Lá argumentou com clareza e simplicidade incomuns, mas foi condenado e queimado na mesma estaca que Ridley, em 1555.DAP 588.3

    John Bradford nasceu na primeira parte do reinado de Henrique VIII. Desde cedo, demonstrou o gosto pelo aprendizado e começou a estudar direito. Ao perceber que tinha mais afinidade com a área de teologia, transferiu-se para a universidade de Cambridge, onde se tornou mestre em artes em menos de um ano, graças a sua inteligência e piedade. Logo depois, passou a ser capelão de Eduardo VI e se tornou um dos pregadores mais populares do protestantismo no reino. No entanto, após a coroação da severa católica Maria, foi preso, acusado de heresia e ficou encarcerado por um ano e meio na Torre de Londres. Durante esse período, promoveu com seus escritos a causa pela qual sofria. Quando finalmente foi julgado, defendeu seus princípios até o fim, resistindo a todas as tentativas de convertê-lo ao catolicismo romano. Foi condenado e entregue às chamas em 1555. Morreu se regozijando por poder sofrer dessa maneira pela verdade.DAP 588.4

    Nicholas Ridley, bispo inglês erudito e mártir, educado em Pembroke College, Cambridge, nasceu por volta de 1500. Sua grande capacidade intelectual e piedade o fizeram ser notado pelo arcebispo Cranmer, que o recomendou para ser capelão do rei. Durante o reinado de Eduardo VI, ele foi nomeado para a sé de Rochester e, por fim, para o bispado de Londres. Por causa de sua influência junto ao jovem rei, a renda dedicada a conventos para o sustento de frades e monges corruptos passou a ser usada para caridade. Quando Eduardo faleceu, ele aderiu à causa de Joana Grey. Em um sermão, advertiu ao povo quanto aos males que sobreviriam ao protestantismo caso Maria subisse ao trono. Por causa disso e por seu zelo em contribuir com a Reforma, foi apreendido por ordem da rainha e mandado para Oxford a fim de debater com alguns dos bispos papais. Como se recusou a se retratar, foi queimado com Latimer em 1555.DAP 589.1

    John Hooper nasceu por volta de 1495 e estudou em Oxford. Após se tornar bacharel em artes, uniu-se aos monges da Ordem de Cister. Mas sua atenção se voltou para os escritos de Zuínglio e, após diligente estudo das Escrituras, tornou-se um zeloso defensor da Reforma. Ciente dos perigos aos quais suas opiniões o expunham, foi para a França. Ao voltar para a Inglaterra, descobriu conspirações para tirar sua vida e fugiu para a Irlanda. De lá, foi para a França e finalmente para a Alemanha, onde permaneceu por alguns anos. Após retornar para a Inglaterra, dedicou-se a instruir as massas, trabalhando com tanto sucesso que o rei Eduardo VI solicitou que ele permanecesse em Londres a fim de propagar a Reforma e o nomeou bispo de Worcester. No entanto, assim que Maria subiu ao trono, ele foi imediatamente preso, mandado para a prisão de Fleet e, após 18 meses de confinamento, julgado por heresia e condenado às chamas em 1555. Suportou as agonias da estaca com grande firmeza, embora o fogo estivesse muito mais lento do que de costume por causa do uso de madeira verde.DAP 589.2

    John Rogers, o primeiro de muitos que sofreram martírio durante o reinado de Maria, nasceu por volta do ano 1500. Estudou em Cambridge, foi ordenado padre e depois se tornou capelão da feitoria inglesa na Antuérpia. Lá conheceu Tyndale e Coverdale. Com a ajuda deles, publicou a primeira tradução completa da Bíblia para o inglês. Transferido para Wittenberg, tornou-se clérigo de uma congregação holandesa. Quando, porém, Eduardo VI subiu ao trono, ele foi convidado para voltar a sua terra natal e eleito prebendado e leitor das Escrituras da catedral de St. Paul. No domingo após a coroação de Maria, em um sermão na catedral de St. Paul, ele exortou o povo a aderir às doutrinas ensinadas na época do rei Eduardo e a resistir a todas as formas e todos os dogmas católicos. Por causa disso, foi convocado perante o concílio, mas se defendeu tão bem que foi dispensado. Isso não agradou à rainha, que o convocou novamente e ordenou que ficasse como prisioneiro na própria casa dele. Mas logo depois ele foi apreendido e mandado para Newgate, onde foi julgado e condenado. Como se recusou a fazer uma retratação, foi queimado em 1555.DAP 589.3

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